Num mundo de crianças atiradas pela janela, por mãos que tinham a missão de proteger,
Onde carros, guiados por mãos ferozes, despedaçam um inocente, rua afora, sem pestanejar!
Onde carros, guiados por mãos ferozes, despedaçam um inocente, rua afora, sem pestanejar!
De sinais repletos de anjos moribundos, que deveriam inspirar compaixão e geram medo!
Mãozinhas estendidas oferecendo um produto cuja venda não supre a si próprio nem do essencial.
Pezinhos descalços, olhos arregalados, nenhum vislumbre de mudança ou futuro.
Olhares, sim, muitos olhares...
De curiosidade, de medo, de asco, alguns de compaixão.
Pseudo-programas sociais a esconder o abismo real da situação.
Pseudo-planos políticos provisórios que nunca subsistem a dois mandatos e cujo intuito nunca foi aquele descrito nas pautas burocráticas. O intuito é o voto, a promulgação de imensas mentiras que manterão, tristemente, a realidade desses doces anjos. Anjos que roubam, sim, que cheiram cola, impulsionados pelo desejo da fuga da realidade.
Uma realidade que nunca os acolheu, uma família que jamais existiu,
Num país de faz-de-conta.
Faz de conta que todos têm o que a TV anuncia.
Faz de conta que o tênis anunciado não custa o mesmo que o pai do anjo recebe por mês.
Faz de conta que o salário, a custo de suor e cansaço, conduções lotadas, mata a fome, mata o frio, paga o remédio.
Faz de conta que um dia veremos nossas crianças todas em escolas e nosso ícone maior não será uma bela criança loira dos olhos verdes na capa da revista.
Nossos anjos são morenos, pardos, negros.
Jogados pela janela,
correndo nas favelas, fugindo da bala nada doce.
Arrastados por carros, assediados sexualmente,
Tratados como qualquer coisa,
menos como crianças!
Que o dia das crianças não seja data no calendário. Seja dia de reflexão.
O que estamos fazendo com nossas crianças?
Mãozinhas estendidas oferecendo um produto cuja venda não supre a si próprio nem do essencial.
Pezinhos descalços, olhos arregalados, nenhum vislumbre de mudança ou futuro.
Olhares, sim, muitos olhares...
De curiosidade, de medo, de asco, alguns de compaixão.
Pseudo-programas sociais a esconder o abismo real da situação.
Pseudo-planos políticos provisórios que nunca subsistem a dois mandatos e cujo intuito nunca foi aquele descrito nas pautas burocráticas. O intuito é o voto, a promulgação de imensas mentiras que manterão, tristemente, a realidade desses doces anjos. Anjos que roubam, sim, que cheiram cola, impulsionados pelo desejo da fuga da realidade.
Uma realidade que nunca os acolheu, uma família que jamais existiu,
Num país de faz-de-conta.
Faz de conta que todos têm o que a TV anuncia.
Faz de conta que o tênis anunciado não custa o mesmo que o pai do anjo recebe por mês.
Faz de conta que o salário, a custo de suor e cansaço, conduções lotadas, mata a fome, mata o frio, paga o remédio.
Faz de conta que um dia veremos nossas crianças todas em escolas e nosso ícone maior não será uma bela criança loira dos olhos verdes na capa da revista.
Nossos anjos são morenos, pardos, negros.
Jogados pela janela,
correndo nas favelas, fugindo da bala nada doce.
Arrastados por carros, assediados sexualmente,
Tratados como qualquer coisa,
menos como crianças!
Que o dia das crianças não seja data no calendário. Seja dia de reflexão.
O que estamos fazendo com nossas crianças?
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